sábado, 31 de março de 2012

FIA WRC Academy Fisher venceu


Alistair Fisher venceu a ronda inaugural da FIA WRC Academy. A prova terminou após a primeira secção do terceiro dia de competição do Vodafone Rally de Portugal. O britânico superou todas as dificuldades ao longo da prova, nomeadamente as difíceis condições que tantas baixas provocaram no dia de ontem.
O primeiro dia teve quatro troços e cada um teve um vencedor diferente. Brendon Reeves ganhou a super-especial em Lisboa, enquanto Fredrik Ahlin, Pontus Tideman e Fisher foram os mais rápidos nas classificativas nocturnas de quinta-feira, respectivamente.
Mas foi nas condições difíceis do segundo dia, com a estrada cheia de lama e muito escorregadia, que Fisher começou a mostrar a sua supremacia. O piloto do Fiesta R2 venceu as duas primeiras classificativas do dia e, na derradeira, todos os pilotos da academia ficaram com o mesmo tempo pois esta tinha sido neutralizada, depois de um carro que passava antes ter ficado preso numa passagem de água.
Os troços da tarde foram cancelados e Fisher terminou, assim, a segunda etapa na liderança. No derradeiro dia, Brendo Reeves, com duas vitórias, e Ahlin, com uma, pressionaram o líder mas o sueco acabou por abandonar e Fisher conseguiu manter-se na frente da classificação.
Com este resultado, lidera a competição. Nota ainda para João Silva que perdeu muito tempo devido a uma saída de estrada e acabou a sua primeira prova na FIA WRC Academy em oitavo.
À chegada ao Estádio Algarve, João Silva estava apesar de tudo conformado com o facto de ter conseguido chegar ao final da etapa, afirmando que “foi como um pesadelo, tentar não perder muito tempo nas condições que encontramos e para as quais assumo que não estava de todo preparado. Nunca tive de enfrentar especiais á noite e na terra, e tivemos muitos momentos de visibilidade totalmente nula, motivando as nossas saídas de estrada e alguns sustos. Foram sem dúvida os momentos mais difíceis que já tive de enfrentar num rali e não imaginam a quantidade de outros concorrentes que fomos passando pelo percurso. Foram momentos quase inacreditáveis.”
“Pois o resultado poderia ter sido bem diferente para pior. Serviu para eu perceber que no futuro terei de adaptar o meu sistema de notas a este tipo de condições, melhorando a forma de referências que uso para classificativas nocturnas. Simplesmente nunca tive de enfrentar tais dificuldades, e dei mais um passo para evoluir, aprendendo infelizmente com consequências ao nível da nossa classificação, mas nunca vou deixar de me aplicar ao máximo.”
Ramos Pardal

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