João Silva e Hugo Magalhães não conseguiram terminar o Rali da Acrópole, tendo abandonado na última classificativa do rali devido a uma fuga de combustível no depósito do Ford Fiesta R2, ...que não lhes permitiria chegar ao ponto de reabastecimento seguinte no percurso.
Com apenas 4 classificativas para realizar hoje, a dupla portuguesa teve ainda uma primeira classificativa difícil, com o Fiesta a mostrar-se algo instável para as novas condições de piso do dia de hoje, e com o piloto a falhar uma travagem e a sair de estrada perdendo algum tempo.
Na segunda e terceiras classificativas e já depois de alguns acertos efectuados, a equipa realizou dois quartos tempos por entre os concorrentes do FIA WRC ACADEMY, perdendo cada vez menos tempo para os homens da frente, um sinal claro e inequívoco de que a evolução foi notória, antes e durante este Rali da Acrópole, e validando o esquema de trabalho que adoptaram.
Apesar da desistência, João Silva estava bastante satisfeito com a sua prestação, afirmando que “estávamos cada vez mais rápidos e a adaptarmo-nos bem ao carro e às exigências da competição a este nível. Seria bom termos terminado, mas bem mais importante foi perceber que a aposta na academia foi o melhor passo no seguimento da minha carreira, e espero muito sinceramente criar as condições para continuar neste projecto, ou regressar assim que for possível. O depósito de combustível abriu uma fenda por causa de calor vindo do cano de escape, devido a um isolamento que terá falhado, e nada podíamos fazer quanto à perda de gasolina. O que dependia de nós era fugir das pedras e andar rápido, e isso foi sendo conseguido e o ritmo estava a subir. O resto, não dependeu de nós e tivemos azar.”
“Hoje de manhã entramos menos bem, não me senti confortável com a suspensão na primeira especial, e acabei por errar e perder ainda mais tempo, mas logo a seguir conseguimos acertar melhor o carro, sendo que até neste ponto se demonstra a importância da academia pois as decisões técnicas são nossas exclusivamente, e nas duas especiais seguintes perdemos muito menos tempo para os nossos concorrentes directos, com um carro bem mais estável, o que me deixa muito satisfeito. O trabalho que eu e o Hugo fizemos antes do rali foi também muito importante, quer ao nível das notas, quer ao nível da confiança e concentração dentro do carro, o que também contribuiu de forma importante para que a equipa evoluísse conforme se viu aqui na Grécia.”
“Quero agradecer desde já a todos os que nos apoiaram, não desisto do meu sonho de continuar na WRC Academy, mas infelizmente hoje ainda não posso confirmar essa manutenção, mas não vou desistir de procurar os apoios necessários.”
João Silva e Hugo Magalhães eram sextos classificados da geral no momento em que foram forçados a desistir no “Rali dos Deuses”.
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