sábado, 27 de abril de 2013

Kopecky vence Sata Rali dos Açores , Moura o melhor português no 3º lugar

O derradeiro dia do Sata Rali Açores não teve a emoção e a incerteza dos dias anteriores, mas o ritmo de prova para os primeiros continuou muito alto, já que Graig Breen obrigou a que Jan Kopecky se mantivesse sempre ao ataque até quase ao final.
Jan Kopecky foi mesmo o piloto do rali e do próprio Europeu, confirmando neste último dia a liderança que trazia do dia anterior ao vencedor quase todas as especiais de classificação, suportando todos os ataques de Breen, sem cometer erros sempre com um ritmo de prova que mais ninguém conseguiu acompanhar. Em três provas disputadas no Europeu, Kopecky venceu três, sendo o piloto a bater no Europeu neste momento.
Nota também muito positiva para Graig Breen. Para um "rookie" nos Açores não deixa de ser notável a prova que o irlandês fez, passando todo o rali a ameaçar a liderança de Kubica e depois de Kopecky, provando que tem talento, frieza e rapidez. Apesar de ser pouco espetacular, é um piloto muito eficaz e foi sem dúvida grande a prestação do piloto neste Sata.
Tirando o grande conhecimento que tem do terreno, Ricardo Moura aproveitou bem esse fator para evoluir na condução do Skoda Fabia S2000, chegando a surpreender com os tempos que efetou tendo inclusivamente vencido um troço. Fez um trabalho fantástico, sendo muito consciente da realidade que atravessou nesta prova, pelo que o pódio é um prémio mais que justo para o excelente rali que fez.
Bruno Magalhães não desaprendeu, mas não teve neste rali as condições necessárias para fazer melhor. O piloto não encontrou as afinações certas para melhorar o desempenho do 207 S2000 em alguns troços e no último dia esteve longe da concorrência e nem Moura conseguiu pressionar na luta pelo derradeiro lugar do pódio.
Entrando no primeiro troço do 3º dia a fundo, tentando surpreender novamente no nevoeiro, Bernardo Sousa acabou por se despistar não conseguindo trazer o carro para a estrada, pelo que o abandono terminou com um rali que nem sempre correu bem, apesar de ter deixado excelentes indicações.
Quem também deu nas vistas foi Jérémi Ancian, que ao estrear nos Açores conseguiu adoptar um ritmo competitivo muito interessante conseguindo superar todas as incidências e "ratoeiras" desta prova para obter um excelente 5º lugar.
A mesma sorte não teve Robert Kubica que de qualquer forma aprendeu muito com esta deslocação aos Açores, mas apesar da rapidez não superou a prova com distinção, por causa do capotanço. Mesmo assim, Kubica deixou a sua marca nesta prova quer dentro quer fora dos troços impondo o seu estatuto para obrigar os comissários a tomarem decisões importantes.
O italiano Alessandro Bruschetta viu a vitória no grupo N cair-lhe nas mãos, numa prova em que nunca foi protagonista, beneficiando sempre dos problemas alheios.
Luís Rego foi o segundo melhor do Grupo N e segundo melhor açoriano, ficando num bom 8º lugar da geral.
Um dos azarados foi Miguel Barbosa, que teve um problema de intercooler no seu Mitsubishi que lhe fez perder diversas posições e a liderança no grupo N.
Diogo Gago perdeu no derradeiro troço a possibilidade de vencer as duas rodas motrizes (despiste nas famosas Tronqueiras), num rali em que esteve quase sempre ao ataque, não beneficiando do despiste de Hannes Danzinger o Renault Clio a duas especiais do fim. Assim, foi Zoltan Bessenyey num Honda Civic a vencer as duas rodas motrizes nesta prova.
 
 
Fonte : RalisOnline
Ramos Pardal

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