domingo, 1 de abril de 2012

Mikko Hirvonen vence Rali de Portugal


Mikko Hirvonen venceu o Rali de Portugal, uma prova em que a chuva e os acidentes baralharam por completo a ‘normal’ ordem do WRC. Com Sébastien Loeb a desistir logo no primeiro troço após a super especial de Lisboa e os dois Ford oficiais a não conseguirem manter-se na estrada no dia seguinte, o finlandês da Citroen cumpriu a sua obrigação, levando o seu DS3 WRC até ao fim, não permitindo veleidades aos privados. Problemas à parte, grande rali de Dani Sordo e no polo oposto, Armindo Araújo, com um rali para esquecer.
Depois do abandono de Sébastien Loeb no primeiro dia de prova, e da auto exclusão da luta pela vitória dos dois homens da equipa oficial da Ford, não seria muito complicado prever que o vencedor do Rali de Portugal seria Mikko Hirvonen. Quando se viu, no final do segundo dia com uma boa vantagem sobre o resto do pelotão, o piloto finlandês mais não fez do que levar incólume até ao final da prova o Citroen DS3 WRC, sendo muito poucas vezes visto entre os melhores de cada especial.

Apesar de alguns problemas no Fiesta WRC no último dia de prova, Mads Ostberg foi segundo classificado, posição a que chegou no segundo dia, batendo claramente Evgeny Novikov, que tudo fez para assegurar um lugar no pódio. A posição do russo, quando ainda era quarto, chegou a estar em risco no segundo dia de rali, já que Petter Solberg se aproximava a passos largos. Só que o norueguês teve problemas com a direção assistida do seu Fiesta WRC em Almodôvar e Loulé, deixando o russo bem mais descansado.

Na luta pela quinta posição, Martin Prokop ainda foi a tempo de suplantar Nasser al-Attiyah, numa prova que foi um autêntico bodo aos pobres, depois de perder ou ver atrasar, três dos grandes candidatos à vitória. Com tantos abandonos e problemas, Dennis Kuipers foi sétimo, na frente de Sébastien Ogier. Apesar de todos os problemas que teve, Thierry Neuville ainda conseguiu chegar ao nono posto, na frente de Jari Ketomaa.


Sordo vence Powerstage

Dani Sordo teve muitos altos e baixos no Rali de Portugal, já que desistiu logo no primeiro dia, mas depois disso, ao regressar em Rally 2, andou muito bem, recuperando diversas posições, mostrando que o MINI ‘anda’. Ontem, voltou a ter um problema mecânico, em Almodôvar, caindo novamente três posições, terminando a prova com uma vitória na Power Stage, beneficiando um pouco do facto de Petter Solberg disputar o troço já à chuva.

Mau rali para Armindo Araújo

Armindo Araújo teve um mau Rali de Portugal, e só no segundo dia de prova, antes da anulação da segunda secção deu um ar da sua graça. De resto, depois do despiste logo no primeiro, revelou que iria andar no máximo que pudesse, mas isso poucas vezes aconteceu, especialmente nos troços mais longos. No segundo dia, nas primeira passagem por Almodôvar, Vascão e Loulé não foi além do top 14. Andou bem na segunda passagem por Almodovar, onde ofi oitavo, mas depois veio o toque no Vascão, onde danificou a suspensão. Hoje, último dia de rali, só entrou no top 10 nas duas especiais de Sambro, as mais curtas. Tanto em Silves como Santa da Serra esteve muito apagado, inclusivamente com piões pelo meio.
A organização teve uma atuação irrepreensível, e nem mesmo a decisão de anular uma secção inteira mancha o seu trabalho, já que foi claramente a decisão mais correta, pois os riscos de voltar a fazer passar a caravana em locais muito fustigados pela chuva incessante de sexta-feira, iria colocar demasiados problemas. Armindo Araújo revelou-nos que o seu MINI passou na ribeira que criou os problemas, mas já nessa altura com algumas dificuldades. Imagine-se os pequenos Fiesta R2. O público marcou presença em menor número que nas últimas edições, o que é compreensível, já que à crise se juntou a chuva.

Ramos Pardal

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