O que se poderá escrever quando numa prova do Campeonato de Portugal de Ralis apenas terminam quatro concorrentes?
Por acaso o Rali Casinos do Algarve até acabou por ter mais emoção do que o previsto, num final verdadeiramente emocionante, depois de João Silva se ter despistado após a tomada de tempo do 5º troço, quando liderava a prova já com alguma vantagem.
Ivo Nogueira ficou sem travões no primeiro troço, perdendo desde logo muito tempo para Silva, mas assim que este desistiu o ritmo do piloto do DS3 ainda foi mais cauteloso. O pior estava para vir no úlitmo troço, para o qual Ivo já entra com um furo na roda dianteira.
Ao perder mais de dois minutos em Fóia 3, Ivo Nogueira teve que esperar por Paulo Neto e pegar na "calculadora" para ver se sempre tinha ganho. O problema é que também Paulo Neto tinha furado no troço antes, acabando por também esse momento ser decisivo na prova.
A vitória de Ivo Nogueira deu-lhe o 3º lugar no CPR, o que somado ao título no CPR2, acaba por ser um fecho de época em beleza, fazendo a Citroen regressar às vitórias à geral desde 2004 (nos tempos de Armindo Aráujo no Saxo Kit-Car).
Renato Pita cumpriu os objetivos mínimos e subiu ao pódio, numa prova em que o importante foi mesmo terminar, bem na frente de Vitor Calisto, que obteve um excelente 4º lugar.
João Magalhães, o madeirense que esteve presente nesta prova, teve uma saída de estrada logo no início do rali e não conseguiu recolocar o Evo X na estrada, sendo obrigado a desistir.
Em termos de Taça de Portugal a história não foi muito diferente. Teodósio começou o rali bem na frente, mas a caixa de velocidades cedeu na segunda passagem pela Fóia, ficando Carlos Martins na liderança, numa altura em que Daniel Nunes tentava recuperar do tempo perdido no primeiro troço, depois de um furo lento o ter feito perder quase um minuto.
Na parte da tarde Carlos Martins foi gerindo a sua prova, acabando por ter a surpresa final de ser o piloto mais rápido do rali, o que numa classificação conjunta (CPR+Taça+Regional Sul) lhe deu a vitória absoluta (mas não regulamentar) no rali.
Com tanta desistência, furos e ritmos lentos, devido aos pisos estarem muito escorregadios devido à chuva (existia também nevoeiro na Fóia), um dos pilotos que mais animou esta prova foi Diogo Gago, que sempre se estreou com o Citroen C2 R2 Max, fazendo uma prova rápida e sempre muito competitiva, tendo no úlitmo troço apanhado um susto quando o motor se desligou por duas vezes.
Fazendo uma prova muito concentrado, Pedro Leone ficou no 3º lugar, na frente de Armindo Neves, que foi fazendo a gestão do rali em funçãoo dos seus interesses na Taça. Como Daniel Nunes acabou por se despistar, no primeiro troço da tarde, Armindo Neves consegue com este resultado ser vice-campeão da Taça de Portugal.
No Regional Sul, que foi também um pouco da história da Taça de Portugal, Carlos Martins venceu, mas na luta pelo campeonato Márcio Marreiros (que também furou no troço inicial da prova) acabou por levar vantagem, pois a desistência de Marco Correia (ex-líder) deixa tudo em aberto para a derradeira prova, embora com vantagem para o piloto do Evo.
CLASSIFICAÇÃO FINAL
1º Ivo Nogueira / Nuno R. Silva Citroen DS3 1h18m44,3s
2º Paulo Neto / Paulo Fiuza – Citroen DS3 a 21,4s
3º Renato Pita / Alberto Silva – Renault Clio a 2m54,2s
4º Vitro Calisto / Joaquim Batalha – Citroen Xsara a 17m29,8s
Fonte e Fotos:Ralisonline
Ramos Pardal
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