
Aproveitando o dia de descanso em Copiapó, Carlos Sousa fez um balanço à primeira metade do Dakar 2012 e anteviu já a segunda e decisiva semana da prova, na qual espera ainda muitas dificuldades. Pelo meio, revelou ainda que a Great Wall tem já planos para prolongar esta ligação e surgir ainda mais competitiva no próximo ano,
talvez até com um novo carro e mais pilotos…

“Do ponto de vista da Great Wall, este resultado está já acima de todas as
expectativas, pelo que o grande objetivo é segurar este lugar até final, até porque é realisticamente impossível aspirar a muito mais face à enorme fiabilidade que tem vindo a ser demonstrada pelos MINI e particularmente pelos Hummer. Nesse contexto, só posso sentir-me muito satisfeito, porque não é fácil chegar a um Dakar com apenas três dias de testes e integrado numa equipa que tem meios limitados,apesar de muita vontade em aparecer ainda com mais força no futuro”,revelou Carlos Sousa durante o almoço em Copiapó, após ter realizado durante a manhã uma visita ao maior concessionário da Great Wall na América do Sul.

Aliás, quase posso garantir que nunca fui tão solicitado pela imprensa internacional como nesta prova. Há uma grande curiosidade em relação à marca e à nossa participação no Dakar. O resultado surpreende e todos querem saber mais sobre o carro e sobre o futuro desta jovem mas ambiciosa equipa”, revelou ainda o piloto, cujo contrato inicial com a Great Wall termina após este Dakar.Contudo, e face às conversas já mantidas com o vice-presidente da marca, que tem acompanhado a prova desde o seu primeiro dia,“parecem existir boas perspetivas de prolongarmos esta ligação e começarmos a preparar um projeto ainda mais ambicioso para o próximo Dakar, talvez até com um novo carro e uma equipa de pilotos ainda mais alargada, admitiu Carlos Sousa, reiterando a ideia de que a apostano Dakar é uma“oportunidade de ouro para uma marca que se pretende projetar e afirmar os seus produtos
internacionalmente”.
De resto, e a pensar nisso mesmo, Carlos Sousa revelou que a equipa foi já convidada,pelo próprio Nasser Al-Attiyah, a participar na Baja do Catar no próximo mês de abril,num ano em que a prova integra pela primeira vez o calendário da Taça do Mundo deTodo-o-Terreno.
“Era importante que a equipa apostasse em mais provas e num programa de testes mais extenso, até porque existem problemas de base no carro que precisam ser corrigidos, a começar pela refrigeração do motor e a terminar na afinação do próprio chassis”, pormenorizou Carlos Sousa, que face a estes condicionalismos tem sido obrigado a gerir o seu andamento em algumas etapas, concluindo, apesar de tudo, a primeira semana deste Dakar num excelente oitavo lugar da geral automóvel, já com mais de meia hora de vantagem para o seu mais direto perseguidor.

PERFIL DA ETAPA DE AMANHÃ
Amanhã, segunda-feira, os concorrentes retomam a competição no Chile, tendo pela frente a maior especial deste rali, com 447 km de setor cronometrado e ainda mais 245 de percurso de ligação até Antofagasta, cumprido essencialmente em pistas muito
pedregosas, emboras rodeadas por paisagens sumptuosas.
Fonte:facebookCarlosSousa
Ramos Pardal
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